Feocromocitoma (feo) causa a mais dramática crise com risco de morte em toda a endocrinologia. Screening apropriado deve ser feito em qualquer paciente que tenha: 1) episódios de cefaléia, taquicardia e sudorese; 2) história familiar de feo ou neoplasia endócrina múltipla; 3) massa adrenal incidental; 4) paroxismos de taquiarritmia ou hipertensão; 5) resposta cardiovascular adversa a agentes anestésicos, histamina, fenotiazina, antidepressivos tricíclicos, etc); e 6) crises durante exercício, esforço, micção, etc. A chave para o diagnóstico do feo é: primeiro suspeitá-lo e depois confirmá-lo. O reconhecimento precoce de sua presença é crítico para se evitar maior morbidade e mortalidade. Quando suspeitado, o diagnóstico pode ser confirmado por testes bioquímicos em todos os pacientes. A combinação de catecolaminas plasmáticas em repouso >2000 pg/mL e metanefrinas urinárias >1,8 mg/24h tem acurácia diagnóstica de 98%, tanto no feo esporádico como hereditário. Quando disponível, metanefrinas plasmáticas livres devem ser dosadas, especialmente na suspeita de feo hereditário. Testes provocativos (glucagon) e supressivos (clonidina) podem ser necessários quando a avaliação bioquímica basal é inconclusiva. TC (98%) e RM (100%) são igualmente sensíveis para localização, mas têm baixa especificidade (70% e 67%). MIBG é 100% específica, mas menos sensível (78%). A disponibilidade de vários medicamentos (antagonistas seletivos dos receptores adrenérgicos alfa-1 e beta e bloqueadores do canal de cálcio) e de modalidades cirúrgicas têm tornado o manuseio bem sucedido mais promissor do que nunca.
Pheochromocytomas (pheo) cause the most dramatic, life-threatening crises in all of endocrinology. A proper screening for pheo must be performed in any patient who has: 1) episodic headaches, tachycardia, and diaphoresis; 2) family history of pheo or multiple endocrine neoplasia; 3) incidental suprarenal mass; 4) paroxysms of tachyarrhythmias or hypertension; 5) adverse cardiovascular responses to anesthetic agents, histamine, phenothiazine, tricyclic antidepressants, etc); and 6) spells occurring during exercise, straining, etc. The key to diagnosing pheo is to suspect it, then to confirm it. Early recognition of its presence is critical to avoiding significant morbidity and mortality. Once suspected, the diagnosis can be confirmed with biochemical testing in virtually all patients. The combination of resting plasma catecholamines >2000 pg/mL and urinary metanephrines >1.8 mg/24h has a diagnostic accuracy of 98% in both sporadic and hereditary pheos. When available, measurement of plasma free metanephrines should be performed especially in hereditary pheos. Provocative (glucagon) and suppression tests (clonidine) may be necessary when baseline measurements are inconclusive. CT and MRI are equally sensitive for localization (98% and 100%, respectively), but have lower specificities (70% and 67%). MIBG is 100% specific, but less sensitive (78%). The availability of various medical (selective alpha-1- and beta-adrenergic receptor antagonists, calcium channel blockers) and surgical modalities have made successful management more promising than ever before.